O tenente-coronel Alexandre de Almeida, foi preso em flagrante na terça-feira (23) pela suspeita de desvio de armas do Exército para clubes de tiro. Ele era responsável pela fiscalização do armamento no Estado.

Um Inquérito Policial Militar (IPM) foi aberto para investigar o caso. A prisão foi confirmada pelo Comando Militar do Leste e pelo Centro de Comunicação Social do Exército nesta quinta-feira (25).



Almeida tinha a obrigação de fiscalizar a importação e o comércio dessas armas para civis, o funcionamento de clubes de tiros, a venda de explosivos, a blindagem de veículos, além da atuação de caçadores, atiradores e colecionadores.

A página do Exército na internet mostra que em janeiro do ano passado, o tenente-coronel Alexandre de Almeida foi homenageado pela Confederação Brasileira de Tiro Esportivo, pelos relevantes serviços prestados a atletas e praticantes de tiro esportivo.

A notícia do Inquérito Policial Militar, instaurado pelo Exército. As armas desviadas pelo tenente-coronel Almeida eram repassadas para a Guerreiros Escola de Tiro e Comércio de Armas, na cidade de Serra, no Espírito Santo.

A investigação começou a partir da aposentadoria de um coronel. Ao passar para a reserva, ele entregou sua arma, uma pistola 9 milímetros, para o serviço de produtos controlados, comandado pelo tenente-coronel Almeida.

Em dezembro do ano passado, o oficial aposentado ficou sabendo que a arma tinha sido desviada para o clube de tiro do Espírito Santo.

Militares fizeram uma busca no clube de tiro e apreenderam cinco armas com a inscrição do Exército. E investigam o possível desvio de outras armas para o clube.

Leonardo Loureiro, sócio e irmão do dono do clube de tiro, disse que armas foram negociadas diretamente com o tenente-coronel Alexandre de Almeida, em três lotes.



Loureiro afirmou também que o oficial afirmou que essas armas pertenciam a um colecionador, muito doente, e que a família quis se desfazer da coleção.